terça-feira, 9 de julho de 2013

É a mente capaz de observar claramente, sem distorções?

Distorções existem onde existem imagens, projeções, no relacionamento ou na ação. Certo? Eu sou um parente seu, tenho uma relação com você, tenho uma imagem de você. Essa imagem me impede de olhar para você. Eu tenho conhecimento, experiência do que você já me disse ou do que já fez a mim. Esse conhecimento, essa opinião, esse “pré-conceito” me impede de ver claramente – correto? Compreenderam? Opinião, conclusão, conceito, conhecimento impedem, no relacionamento, que se veja o fato. E o que importa é ver claramente. Quando isso se torna tremendamente urgente, então opinião, conclusão e julgamento são postos de lado e aí, você está olhando. Entenderam? Compreendeu, senhor? Estamos juntos até aqui?

Veja, você tem opiniões, não tem? Julgamentos, conhecimento, tanto tecnológico, quanto no que tange a relacionamentos, memórias de relacionamentos. É com essa memória que você olha. Com as conclusões e imagens que tem, é assim que você olha e, portanto, você não vê com clareza. Quando é urgente ver com clareza, a intensidade, a paixão, a necessidade de ver claramente, então não há lugar para opiniões, conclusões e julgamentos. Certo? Você vê a verdade disto: você não pode ver claramente, quando existe o observador, que é o passado; e olhar sem o observador. O observador é o eu: minhas opiniões, mágoas, expectativas, ambições, todas as minhas mesquinharias. Quando isso é dominante, quando isso aflora não há clareza de percepção.

- Krishnamurti -

http://nossaluzinterior.blogspot.com.br/2010/02/o-que-existe-alem-e-indescritivel.html

 

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