quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sabe, de fato não temos amor – essa é uma coisa terrível de se perceber. De fato não temos amor; temos sentimento; temos emocionalismo, sensualidade, sexualidade, temos lembranças de alguma coisa que pensamos que era amor.

Mas de fato, brutalmente, não temos amor. Porque ter amor significa não ter violência, nem medo, nem competição, nem ambição.

Se você teve amor, nunca dirá, “Esta é minha família.” Você pode ter uma família e lhe dar o melhor que pode; mas ela não será “sua família” que está em oposição ao mundo.

Se você ama, se existe amor, existe paz.

Se você amasse, educaria seu filho não para ser nacionalista, não para ter apenas uma profissão técnica e tratar apenas de seus pequenos assuntos; você não teria nacionalidade. Não haveria divisões de religião, se você amasse.

Mas como essas coisas de fato existem – não teoricamente, mas brutalmente – este mundo hediondo, mostra que você não tem amor.

Mesmo o amor da mãe por seu filho não é amor. Se a mãe realmente amasse seu filho, você acha que o mundo seria assim?

Ela cuidaria que ele tivesse o alimento correto, a educação correta, que fosse sensível, que apreciasse a beleza, que não fosse ambicioso, ganancioso, invejoso. Então a mãe, conquanto ela possa pensar que ama seu filho, não ama. Então não temos esse amor.

Jiddu Krishnamurti
The Collected Works, Vol. XV Varanasi 5th Public Talk 28th November 1964
http://www.vidaplenaebemestar.com.br/amor/j-krishnamurti-de-fato-nao-temos-amor

 

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